quarta-feira, 4 de março de 2009

Viva, viajar é muito bom!

Eu adoro viajar! E algo que comecei a fazer ainda muito nova, nas minhas férias de fim de ano quando ficava contando os dias para ir para o Rio de Janeiro na casa dos meus avós em Copacabana.
Nessa época eu morava em Brasília, e as férias, do fim do ano eram a minha luz no fim do túnel. Eu ainda gostava de Brasília nessa época, tinha meus amigos, escola, minha vida era lá, mas entrar naquele avião e pousar no Galeão velho na Ilha do Governador era o máximo dos máximos para mim!
A cena era mais ou menos assim: eu e minha irmã íamos na frente e meus pais, geralmente mais para perto do Natal; ou seja, ficávamos muito tempo sozinhas com os meu avós. Nessa época, meu avô tinha um gol cinza claro e a aventura maior não era ir de Brasília para o Rio de avião, e sim ir do Galeão para Copacabana com meu ele dirigindo! Além das barbáries que ele costumava cometer no trânsito ainda tinha a minha avó no banco do lado dando palpite de como ele deveria dirigir, ou seja um verdadeiro caos!
Eu e minha irmã nos olhávamos e riamos, fazer o que? Era assim sempre! A gente ficava no banco de trás observando tudo, olhando aquela avenida Brasil caótica, aquele trânsito, mas quando a gente passava o túnel Rebouças e entrava pela Lagoa, pronto!A minha felicidade era sem fim! Sabia que seriam dias e dias de praia, diversão, passeios, e nada melhor do que isso na casa dos avós, pelo menos dos meus avós!
De lá para cá foram os anos vividos na França. Muitas outras viagens vieram nessa época; eram mais audaciosas: trens, barcos., mas talvez ainda menos perigosas que andar pelas ruas do Rio de Janeiro com meu avô ao volante! Essas eram as viagens dos sonhos de qualquer pessoa: fins de semana em Amsterdã, verões na Grécia e na Itália, uns dias em Londres. Ter a visão da Torre Eiffel cada vez que virava a esquina de casa.
Depois vieram as viagens mais de aventura e pouco conforto. Trekkings pela Patagônia, Nova Zelândia, noites frias com céu estrelado, dor no corpo e nos pés de tanto andar, pouca comida., horas e horas em trilhas fantásticas, onde você pensa na vida, admira a paisagem e vê que o sacrifício vale, e muito, a pena!
Depois mais um ano e meio fora do Brasil, foi a vez da Ásia, de explorar um pouco esse mundo meio distante e tão diferente, mas igualmente fascinante! Línguas jamais ouvidas antes, comidas, cheiros, cores. A caótica e maravilhosa Índia, os mares da Tailândia, os templos de Bali, a beleza de Lombok, e Taiwan, meu lugar base na Ásia, cidade moderna, tradicional, diferente. Cheguei na defensiva e saí com saudades.
Acho que viajar é isso para mim: estar em lugares diferentes, fazer coisas diferentes, sair da rotina, ver o que existe por aí, não importa que seja a pé, de bicicleta, de avião, de trem, de carro, mas tem que ser real, vivido, junto às pessoas locais. Não me venham com pacotes isolados em algum hotel onde se tem de tudo.... Esse não é o meu estilo! Pode ter conforto sim, mas quero me sentir local, mesmo não sendo!

Por Andréa

Um comentário:

  1. Muito legal sister e muito inspirador o seu texto. Mostra bem o seu lado aventureiro e explorador. A profissao a pesar de ser cansativa e certeira! So mesmo uma profissao como essa poderia te trazer todas essas possibilidades, te levar a lugares que muita gente ainda nao foi e que nunca tera coragem de ir. Pena saber que existem pessoas por ai que nem nunca sairam de sua cidade natal... Quero educar meus filhos assim, prontos para o mundo! beijos

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