terça-feira, 25 de agosto de 2009

Usando a própria loucura ...

Paulo Coelho

"Um guerreiro da luz estuda com muito cuidado a posição que pretende conquistar. Por mais difícil que seja o seu objetivo, sempre existe uma maneira de superar os obstáculos. Ele verifica os caminhos alternativos, afia sua espada,e procura encher seu coração da perseverança necessária para enfrentar o desafio. Mas, a medida que avança, o guerreiro se dá conta que existem dificuldades com as quais não contava.

Se ficar esperando o momento ideal, nunca sairá do lugar; vê que será preciso um pouco de loucura para dar um próximo passo.

O guerreiro usa um pouco de loucura. Porque - na guerra e no amor - não é possível prever tudo."

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Sempre é preciso saber quando...

No meu momento "pausa 10 minutos" para meus ouvidos e minha cabeça (as aulas em vídeo..rs..rs...), achei esse texto que já tinha pensado em postar quando li na revista. Paulo Coelho.

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos – não importa o nome que damos o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.
Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração – e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar.

Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa – nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é."

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Não tem desculpa...

Um dia desses minha amiga Márcia me falou: “não tem desculpa nesse mundo que faça com que deixemos de lado o que queremos para nossas vidas, que deixemos de ir atrás da felicidade em prol de outras coisas, pessoas ou “regras” da sociedade. E isso já é mais batido que folhetim de quinta categoria!”

Pois é, verdade. E isso pode envolver várias áreas de nossas vidas: trocar de emprego ou profissão, se separar, viver outro amor, mudar de cidade, país etc. Embora muitas vezes tomar esses tipos de decisões, que venham mudar radicalmente nossas vidas, seja difícil, não há nada que possa impedir a não ser nós mesmos!

Para toda mudança há um risco, mas se não arriscarmos, com certeza, continuaremos infelizes ou vivendo, como diz outra amiga, “aquela vidinha mais ou menos”. Quase sempre outras pessoas estão envolvidas nesse processo e por isso, muitas vezes, nos acomodamos, por falta de coragem , por achar que vamos magoá-las. Mas seja no ambiente de trabalho, em casa, na família, as pessoas envolvidas também acabam por se tornarem infelizes, pois não tem como a felicidade, dedicação, motivação, o companheirismo, amor, enfim, acontecer de um lado só ou bem mais de um lado! Mal ou bem continuar no mesmo lugar, dependendo da situação, é indiretamente magoar! Quando para um a vida está mais ou menos, para o outro também vai estar. E por mais que o outro não contemple e não deseje o mesmo caminho, no fundo, lá na frente, com certeza, será melhor para todo mundo, por que todos tem direito de tentar de novo.

Acho que nada disso é novidade! Mas, às vezes, é bom lembrar! E assim juntando essa conversa com o que aconteceu com a Dedéa, mais ainda penso que o tempo voa, que não há idade certa para nada, e amanhã pode não dar mais para fazermos mil coisas. Mil coisas que nos tragam prazer, alegria, engrandecimento, plenitude, vida!

That´s all folks!

Por Drica

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Olha, você é legal, mas...

Realmente o texto que a Drica postou da Leila Ferreira é demais. O que se faz com essas pessoas? Só respiramos ou mandamos a criatura (seja ele ou ela), como diz uma grande amiga, “catar coquinho no asfalto” seguido de uma pequena frase educada, tipo: “ Vai se F..." ... rs???
Pena que muitas vezes a "tal" educação nos reprima tanto! Eu já perdi ótimas oportunidades de lavar a alma de verdade, de descer do salto, de perder a linha e colocar para fora a raiva, frustração, dor que já senti realmente para fora.
Tenho uma série de filmes que gosto de assistir quando estou realmente triste. São filmes que até me fazem rir de tão patéticas que são as situações com as quais nos deparamos na vida. Os amigos inconvenientes, os invejosos, os medíocres, os problemáticos... Os futuros ex que ficam sem saber se saem do muro ou se continuam te enrolando até achar a próxima vítima... E aí começam com as tais frases idiotas. "Você merece alguém melhor", isso é mortal... Aí só contando até 1 milhão. "Você é o sonho de qualquer um..." Ah tá!!! De todo mundo, mas não dele...(?) E assim vai: "não é o meu momento".Pena que não nos conhecemos antes”. Pelo amor de Deus! Já vou logo avisando: se alguém pensar em me falar alguma das opções acima, desista... Porque não terei o mínimo pudor dessa vez de mandar para PQP! Quem fala o que quer tem que ouvir o que não quer mesmo... e quero que se dane!
Abaixo as babaquices, a perda de tempo, as histórias que não vão dar em nada, estou fora total!!! Chega de entender, de ter consideração e muito menos admiração com quem não tem com a gente. De casamentos que terminam por telefone, por relacionamentos que terminam por e-mails. Onde é que chegamos?!

Andréa :(

Frases que nenhuma mulher gosta de ouvir...

Esperando por notícias da minha cadelinha que está sendo operada, resolvi procurar um texto que li na Marie Claire deste mês, sim por que nessa situação não dá pra concentrar em mais nada, e encontrei este outro da Leila Ferreira. Resolvi então reproduzí-lo aqui, bem cabível!

"Às vezes elas são até bem-intencionadas, ditas sem o menor intuito de desagradar ou ofender. Às vezes. Outras vezes, vêm carregadas de segundas e terceiras intenções. O fato é que certas frases nos tiram do sério. Ficamos sem saber como reagir. Dar uma resposta atravessada? E se não houve ali nenhuma má intenção? Não reagir? Fazer cara de paisagem (ou de lâmpada, como diz uma amiga minha) e ir embora engasgada, imaginando dez respostas que deveria ter dado, mas que só vieram à mente cinco minutos depois?

Algumas são ditas por nossas amigas -com ou sem aspas. Outras, por colegas de trabalho, parentes, aquela conhecida que você encontra uma vez por ano. Ou então por 'eles'. E, onde se lê 'eles', leia-se: o namorado, o marido, o paquera da hora, o homem da vez que está a segundos de deixar de ser o homem da vez -enfim, é uma categoria ampla. Mas não importa a procedência. Venham de quem venham, incomodam profundamente. A lista é gigantesca e cada mulher é capaz de citar seu repertório particular. Mas há frases universalmente indigestas. Vamos a alguns exemplos.

Ditas por elas ou eles:

• É impressão minha ou você engordou um pouquinho?
• Por que que você cortou o cabelo? Estava lindo!...
• Você vai com esta roupa?!
• Você deve ter sido linda.
• Quer tentar experimentar um tamanho maior?
• Você já fez plástica?
• Vi seu namorado ontem... (reticências prolongadas)
• Este é seu pai?
• Este é seu filho?
• Vocês ainda estão juntos?
• Você ainda está sozinha?
• Por que vocês se separaram?
• Parecia que vocês se davam tão bem...
• E aí, TIA (com maiúsculas), vai deixar um cafezinho?
• Meu irmão te achou super gente boa.
• Meu amigo te achou superinteligente.
• Você tem um ROSTO (com maiúsculas) lindo.
• Você só precisa perder uns cinco quilos.
• Encontrei seu ex ontem. Ele está ótimo!
• E você? Já está com alguém?

Ditas por eles :

• Eu ia te ligar. Acabou a bateria.
• Que pena que você não apareceu antes na minha vida.
• Eu adoro você como amiga.
• Você merece um cara melhor.
• Aconteceu tudo muito rápido entre a gente. Acho melhor dar um tempo.
• O problema não é com você, querida. É comigo.
• Como é mesmo o nome daquela sua amiga?

UMA SUGESTÃO: cada vez que ouvir uma dessas provocações, conte até 150. Depois faça um daqueles exercícios de respiração que aprendeu na aula de yoga. Se der, medite por 30 segundos ali mesmo, na frente do (da) inconveniente. Por fim, saia com aquele ar de quem não se deixa abalar por uma bobagem qualquer. E, se a resposta que o (a) infeliz merecia ficar atravessada na garganta, não se preocupe: tome um espumante bem geladinho que passa. Afinal, a vida é importante demais pra ser levada a sério, já dizia Oscar Wilde. E aquele sabia das coisas. Ah, se sabia... "

Leila Ferreira é jornalista, apresentadora de TV e autora do livro 'Mulheres - Por que Será que Elas...', da Editora Globo

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Cante, chore, dance...e ria!


Este relato já estava escrito faz algum tempo. Em homenagem a minha querida amiga Dedéa, que ficou doentinha esses dias, resolvi postá-lo agora...


Quero falar de coisas boas mais uma vez. Vamos lá, esse é O Segredo! O fim de semana foi muito melhor do que eu esperava, mais uma vez alguém lá em cima, com certeza, deu uma forcinha. Mas antes do final de semana, na quinta-feira, como eu havia falado, nós fomos assistir A Era do Gelo 3, em 3 D. Dedéa me deu uma baita força para que eu não me enclausurasse e sim, tentasse me divertir. O filme é ótimo e em 3D foi, realmente, pura diversão. Sid e Scrat são uns espetáculos!

E nós rimos! Tem coisa melhor em um momento em que só se pensa em chorar?
Temos que chorar sim, chorar tudo, mas hoje....

... continuo querendo falar de coisas boas: depois fomos jantar no Odorico.Fazia tempo que eu não ia por ali, estava bem legal e mais uma vez o papo foi agradável e tranquilizador. Eu saí de lá renovada para continuar meus estudos no dia seguinte, sei que foi uma pausa merecida e necessária!
Astral melhor, pensamentos positivos, força para me cuidar, tudo isso me impulsionou para continuar firme nos objetivos. E não é que fomos convidadas para uma festa junina? Na verdade, era o aniversário de um professor. Sabe aquele filme Yes Man, com Jim Carrey? Eu não vi, mas nos últimos meses ouvi muito a Dedéa falar sobre isso: devemos dizer sim para todas as coisas que sabemos que podem ser boas, mas que, às vezes, por não estarmos tão bem, achamos melhor ficar em casa. Pois é, e eu nem gosto de festas juninas! Mas por que não dizer sim, participar, prestigiar o convite, estreitar as amizades, conhecer gente, cantar, dançar? Eu até que gostei de colocar o chapéu de caipira!

E nós cantamos e dançamos! Tem coisa melhor em um momento em que só se pensava em ficar em casa?

O domingo começou preguiçoso, mas lá fui eu para os vídeos de Constitucional! Fiquei entretida até o começo da noite, quando resolvemos ir mais uma vez ao cinema, sem muita pretensão quanto ao filme, meio sem hora, sem planejamento. Compramos o ingresso e fomos fazer um lanchinho em um dos restaurantes do espaço do cinema, uma delícia de lugar. Tivemos a companhia da Ale, amiga dela que eu não via há algum tempo. Depois dos saborosos waffles e de colocarmos o papo em dia, entramos em Enquanto o Sol Não Vem, filme francês escrito, dirigido e protagonizado por Agnès Jaoui. Começou lento, tímido e, de repente, tornou-se interessante, engraçado (cenas hilárias!) e muito reflexivo. Mais uma vez, nós rimos! E terminamos o nosso domingo papeando sobre as mensagens interessantes que o filme nos passou. E, claro, com uma merecida cervejinha!
Ps: ontem fui deixar um recado de parabéns no Orkut da Lu, uma amiga de Brasília, e vi essa frase no status dela. Por isso comecei a escrever este texto.

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche." – Arnaldo Jabor.
E ria muito, Jabor!

Por Drica

domingo, 2 de agosto de 2009

Eu, Sampa e café!

Desde que recomecei a voar há 3 anos, passo muitos dos meus dias em SP. E aos pucos fui criando meus hábitos por aqui; um deles é de frequentar uma deliciosa padaria perto do apê que divido com minhas amigas também comissárias. Já fui lá muitas vezes com meus pais, meus amigos e amigas. Mas hoje o assunto da mesa ao lado tirou minha concentração dos estudos por completo... rs!
A conversa era entre dois caras que passaram horas falando mal das mulheres e dos relacionamentos do passado. Por mais que tentasse me concentrar no que estava planejando fazer, não dava para não escutar as lamúrias da mesa ao lado. Era um tal de mulher é isso, é aquilo, que me dava ate vontade de rir.Aí a gente descobre que anda difícil para todo mundo quando o assunto é relacionamento. Que todos temos as mesmas esperanças e frustrações, raiva e amor. Que somos sonhadores, esperançosos... medrosos... Que amar é um sentimento que nos leva às nuvens de vez em quando, e que com a mesma rapidez também pode nos deixar cair num poço sem fim. Eles estavam desiludidos... Vivendo suas mágoas naquele momento. Tentando entender o porquê disso ou aquilo. Vivendo o mesmo que já senti algumas vezes... Fazendo perguntas do que muitas vezes nem imaginamos as respostas.
Por Andréa

quarta-feira, 29 de julho de 2009

ANTES QUE ELE SE VÁ ... ZAL


Por uma grande coincidência com o momento em que estou passando com a Doodie, minha cadela (já falei sobre isso por aqui), recebi ontem este lindo texto da Malu, minha prima "torta", com quem convivi em muitas férias no interior de São Paulo. Me emocionei e perguntei se poderia colocar no blog. Quem convive com os animais de estimação realmente sabe do que ela está falando e como está sentindo! Por Drica.

"Quem diz que um verdadeiro amigo não se compra está enganado. Um amigo pode ser comprado por R$180,00 através de um anúncio de jornal. Em novembro de 1997, após a venda do apartamento onde morávamos, a primeira providência que meu pai tomou após a compra de uma casa foi comprar o jornal “Primeira Mão” e procurar anúncios de cães da raça boxer. Achando um anúncio meu pai telefonou e marcou para irmos até a casa onde vivia um casal de boxers com seus 10 filhotes. Chegando lá e vendo aquela ninhada, acostumada a ter uma cachorrinha (que ficou no interior quando nos mudamos para Santos) logo bati o olho em uma fêmea (feinha por sinal) e a escolhi. Meu pai não concordou e imediatamente escolheu o menor e mais bonito de todos os machos, e foi com ele que dentro de uma Elba vermelha retornamos para casa.
Faltava agora escolher o nome, e este meu pai já tinha na ponta da língua, Zal. A explicação para o nome é a seguinte: na época meu pai estava lendo “Operação Cavalo de Tróia” e em um dos volumes falava-se que Jesus Cristo tinha um cão, e que ele se chamava Zal.
Chegando ao apartamento o tal filhote passou a tarde dormindo na sala. Eu olhava e dizia, ele deve ter algum problema, só dorme. Meu pai logo defendia falando que com 9 irmãos ele não conseguia ter paz, agora ele está sossegado. Imaginem que a dona dos pais dele nos disse que dentre os 10 filhotes o Zal era o único que não mamava junto com todos os irmãos. Depois que todos estavam alimentados, ela o colocava com a mãe deitado num colchão e assim era amamentado confortavelmente. Um mimo.
Mudamos-nos para casa onde vivo, em dezembro de 97, depois de quase um mês vivendo com aquele lindo e dengoso filhote por quase um mês no apartamento. De lá para cá muita coisa aconteceu, meu pai se foi, eu me casei e ganhei a Luana. Durante todo esse tempo onde as coisas mais marcantes da minha vida me aconteceram tive a companhia, o carinho e olhar meigo do mais gentil e fiel dos amigos, um cão. Tão gentil que por vezes eu dizia: "o Zal é um gentleman!" Ele recebia carinhosamente todas as visitas como também os prestadores de serviço. Às vezes eu perguntava a ele: "Zal, se entrar um ladrão aqui você também vai fazer festa?" Essa festa nos últimos anos quando feita a alguém de quem ele queria muito bem era brindada com um xixi nos pés. Sem dúvida os mais brindados foram o meu compadre Paulo e meu irmão Marco, campeão imbatível.
Por volta de 2 meses atrás, o amor canino da minha vida adoeceu por culpa de um câncer no basso, retirado numa cirurgia. Infelizmente ele já tinha atingido outros órgãos, o que fazia com que mesmo com todo tratamento para tentar reverter o caso ele se mantivesse anêmico. A anemia impediu que pudéssemos tentar uma quimioterapia.
Foram 5 semanas de luta, em que ele resistiu bravamente, com dores e tudo mais que nem posso imaginar, para que nós aqui de casa tivéssemos tempo de assimilar e “aceitar” que ele tinha que partir. Depois de uma noite sem dormir, de 24 h sem urinar, sem andar e de se recusar a me olhar no rosto, resolvemos que era hora de ele partir, pois a dor dele em ficar já era maior que a nossa em deixá-lo partir. No dia 07 de julho ele se foi, antes de eu poder sentar e escrever esta carta, que por vezes rodeava a minha cabeça.

Eu não concordo quando dizem que um cachorro é como alguém da família, pois ele não é como, ele simplesmente É!

A dor da perda é imensa e o vazio por vezes ensurdecedor. Dias depois de ele ter partido um rapaz que uma vez ao mês passa por aqui para pegar uma doação, perguntou ao ver que eu tinha chegado ao portão sem a companhia do Zal: “Cadê o cão?” E eu contei o que tinha acontecido. Ao ver as lágrimas em seus olhos, percebi que não foi só nos corações de quem convivia com ele que Zal havia plantado o seu amor. A saudade aperta o meu peito, mas sei que agora você está correndo num lindo gramado verde, e como disse a Luana querendo me animar: “Mamãe, o Zal está muito feliz lá com o vovô Nelson, às vezes ele quer vir aqui, mas agora não dá”.
Meu amigo, meu filho, meu herói, te amarei eternamente!

Se os animais vêm e vão de nossas vidas assim como os seres humanos, espero te encontrar novamente! Escrevo esta carta como uma homenagem a um ser que durante longos 11 anos e 8 meses deu a todos aqui em casa um dos maiores presentes da vida: o amor incondicional.

Como disse a Sueli Dutra:
“ Nossos eternos baby´s Dog´s, são espíritos de luz em nossos lares, pela doação, pelo amor, por nos receberem sempre "sorrindo", pelos beijos molhados que eles nos oferecem de surpresa não importando se vc acabou de se maquiar ou não ( rs rs rs ), por nos mostrar que se comunicar e se fazer entender não é preciso muito, por simplesmente darem o verdadeiro significado da palavra "incondicional" !!!!
Por Malu

terça-feira, 28 de julho de 2009

Palavras e silêncios

(...) Mais uma vez o dia chega
Em minha vida
(Vou) deixando pela rua

Palavras e silêncios
Que jamais se encontrarão (...)

Zeca Baleiro e Fausto Nilo

domingo, 26 de julho de 2009

Porta enconstada...

Acabei de chegar da casa da Dedéa e ela me enviou este texto. Eu estava escrevendo para o blog e resolvi postar essa mensagem antes da minha.
"O amor precisa ser vivido em todas as etapas. Amores mal resolvidos não permitem uma nova chance. "Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
O seu relacionamento acabou? Por quê? Você acha que viveu ele em todas as etapas, início, meio e final? Tem certeza que não deixou nenhuma porta encostada, nenhuma etapa para trás?
Nada é mais perigoso do que sair de um relacionamento e deixar uma porta encostada. Ela não está aberta para você entrar novamente e não está fechada definitivamente para que você consiga seguir sua vida tendo força para abrir novas portas. Portas encostadas são obras de amores mal resolvidos, que por um ou outro motivo deixaram suas marcas. São como feridas em cicatrização, a dor não é insuportável, mas é constante, incomoda, perturba.
Uma porta encostada nunca se fechará sozinha, não existe tempo para isso. Para ela se fechar, ela precisa da sua ajuda. Só o seu empurrão pode fechá-la. E para se fechar a porta de um amor mal resolvido, ele tem que ser vivido em sua totalidade. É preciso passar por todas as etapas, atração, paixão, amor, convivência, amizade, brigas e fim. Este trajeto do amor pode ser percorrido em algumas semanas ou durar muito tempo, mas é importante que o ciclo se feche. Caso isso não aconteça, ficarão as fantasias, as idealizações e a persistência, mesmo tendo plena consciência de como essa relação faz mal.
É o fechamento da porta que libera a gente para ser feliz novamente. Quando você termina um relacionamento antes do ciclo se completar, você simplesmente deixa inúmeros sentimentos e vontades de lado, como se isso nunca tivesse existido. Mas como você pode deixar tudo isso de lado? Não, você não pode. Você pode simplesmente esconder no inconsciente. Assim, na superfície você pode se tornar amoroso, mas lá no fundo o tumulto está escondido. Mais cedo ou mais tarde, em um momento de carência ou dúvida esse sentimento vai se manifestar e você irá sofrer com esses altos e baixos.
Por isso eu digo, um relacionamento não precisa ser eterno, mas ele precisa ser total. A sua totalidade, trás a liberdade de sentimento, que é o mais importante anseio do homem. Consiga tudo, mas se você não for livre, ficará sempre uma dor.
Se você "deve algo" ao seu antigo namorado, marido, caso, dedique um tempo a resolver isso. Nunca "esteja em débito" com algo que lhe faz mal. Coloque um fim, e bata essa porta definitivamente.
Não viva tentando se enganar, mentindo para você mesmo. Aquele que mente, vive em mentiras e atrai mentiras. E as pessoas só conseguem estar conectadas com a existência através da verdade. Não existe nada de errado em assumir a sua verdade, em assumir que o seu relacionamento deixou marcas que precisam ser resolvidas. Não deixe que o ego fale mais alto. Você sabe que o sentimento existe, que a porta está encostada.
Na maioria das vezes você não precisa nem estar junto da pessoa para fechar essa porta, basta assumir, encarar, falar dos seus sentimentos. Você só precisa assumir que está neste estado temporariamente, e logo ele mudará, basta você perder o medo de falar dele, de pensar nele. Não trate isso como um segredo. Trate isso como um compromisso que precisa ser resolvido, e não prorrogue nem mais um dia.
Desmistifique-o, liberte seus sentimentos, assuma os riscos e seja feliz. Fale das suas dúvidas, dos seus sentimentos com alguém que você confia, eleja um amigo, alguém que realmente goste de você, e se abra. Quanto mais tempo você guardar esse sentimento só para você, mais perdida e sem saída você ficará.
A vida é generosa, outras portas se abrirão assim que você fechar essa. E a vida enriquece quem se arrisca. Ela privilegia quem descobre seus segredos. Mas a vida também pode ser dura e cruel. Se você não ultrapassar a porta encostada, terá sempre a mesma porta pela frente.
É a repetição perante a criação, é a estagnação da vida. Entenda de uma vez que as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens!"

Fernando Carrara